terça-feira, 23 de junho de 2009

Melhor só do que mal acompanhada


“Alô? Eu gostaria de contratar um amigo, só por hoje. Aham. Aceita Mastercard?"

Eu tremo só de pensar de um fazer uma ligação dessas. Eu sou estupidamente dependente dos meus amigos. Não que eu precise deles para amarrar o cadarço do meu tênis, não é para tanto. Mas eu preciso deles para rir, falar besteira, falar coisas sérias, desabafar, fofocar e às vezes levar um bom puxão de orelha. É, amigos servem para isso. Para nos entender e fazer o que for melhor, mesmo que nos magoe um pouco a hora. É uma daquelas coisas que não tem preço.

Então, para que serve gastar dinheiro contratando um amigo? Ele não te conhece, não te entende, não sabe o que te magoa ou faz rir. Não é um amigo, na verdade. Nesse caso eu acho melhor sair sozinha e comprar uma boa barra de chocolate. Ou um cachorro, que é um amigo que pede tão pouco pra nos amar, de verdade. É, pensando bem é sempre melhor um cachorro.


Pauta para o TDB: Um grupo de amigos se juntou e montou o “Amigos de Aluguel”, um serviço oferecido para quem precisa de companhia para passear, fazer programações legais ou viajar. Vocês acham isso legal? Vocês contratariam o serviço se precisassem de companhia para algum evento ou programação? Ou é “coisa de desocupado”, afinal amizade não se compra de jeito nenhum?

sábado, 13 de junho de 2009

Eu amo você, e você, me ama?


Sempre fui muito aberta para amizades. Algumas pessoas demoram anos para considerar alguém amigo, mas eu não. Faço amigos rapidinho. Embora, é claro, existam alguns niveis que não podem ser medidos de amizade, somos todos amigos.
Com minha grande tagarelice e falta de noção eu saio falando com as pessoas e logo somos amigos. Isso pessoalmente. Não sei porque, mas por mais que eu adore a internet e tenha sim alguns amigos(mesmo) que conheci virtualmente, eu sou sempre muito anti-social online. Não tenho assunto, não tenho o que falar e me distraio com um zilhão de outras coisas. As pessoas podem até achar que eu sou metida por demorar a responder, ou por responder monossílabamente, mas eu não tenho culpa de ser uma pessoa sem uma vida badalada, sem novidades e sem habilidade em puxar assuntos do vácuo. Mas eu tenho esperanças de um dia conseguir fazer amigos virtualmente com a mesma facilidade que faço pessoalmente.
Mas a inquietação que me fez escrever esse post não foi a minha atitude autista virtualmente, mas outra coisa. Eu amo tanta gente, mesmo, e falo por aí "Ah, Fulano e Ciclano são meus amigos", mas às vezes eu fico pensando se eu sou amiga deles. Como assim, Anne?
Bem, conversando com uma (antiga) amiga minha sobre (novos) amigos eu falei: "Bem, eu considero eles meus amigos, mas não sei se eles me consideram também", sacou, caro leitor? Aí fiquei pensando em quem me considera amiga, e tem um grande número de pessoas que tenho duvida.
O grande barato é que eu posso estar falando "Aaah, a Pafûncia é minha amiga!" e a dita cuja soltar em outro lugar "Anne Beatriz, uma menina que eu conheço aí." Legal, né?