quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Elementar, meu caro Watson!



Minha última aventura no cinema foi em busca do morador de Baker Street, 221B: Sherlock Holmes. Ele e seu fiel escudeiro, Dr. Watson!

Confesso que nunca fui desses aficionados por Sir Athur Conan Doyle e que só agora estou começando a ler alguns contos do famosos detetive. Acontece que eu assisti o primeiro filme quando ele estreou, em 2009, e virei fã do Robert Downey Jr. Fazer uma construção de personagem como aquela, com todo aquele comportamento diferente e marcante que Downey Jr. deu ao Sherlock não é brincadeira! Digo isso com base na minha singela experiência teatral de 4 anos. Então, dois anos depois, chega aos cinemas uma continuação da série. Mas é claro que a minha vontade foi correr para o cinema no dia da estreia, porém eu fui arrastada para fora da cidade no fim de semana e durante algum tempo depois o trabalho e as aulas não me permitiram. Finalmente consegui ir ao cinema nesta terça-feira.

Gostei do filme, ele tem ótimos efeitos, ótimos atores, ótimas cenas e algumas sacadas bem engraçadas. O roteiro é um pouco complexo e difícil de entender, por isso, não pisquem (ou então não se distraiam demais com o Doritos)!


Dr. Watson, nosso já conhecido Jude Law, está de casamento marcado com a sua noiva Mary e planejando uma bela lua-de-mel em Brighton, mas os eventos e Sherlock acabam estragando esses planos e arrastando Watson para outro país. Devo acrescentar que nunca fui com a cara da Mary e no primeiro filme eu jurava de pés juntos que ela ainda iria se revelar vilã. Mas é o Watson que tem que gostar dela, então tá.

O grande vilão é o Professor Moriarty, arqui-rival do detetive. Fica mais fácil de entender a sua rivalidade intelectual com Sherlock se já conhecê-lo dos livros. Na história, o príncipe herdeiro da Áustria foi encontrado morto e o caso foi apontado como suicídio. Sherlock duvida e, bom, ele está certo. Tudo é um plano muito maior.

A partir daqui eu não me comprometo com spoilers, então só leia se você já assistiu o filme ou se não se importa em saber algumas coisas finais. Tá avisado!

O meu grande impulso para ir assistir o primeiro filme, lá em 2009, foi a participação de Rachel McAdams no elenco, vivendo Irene Adler. Rachel é minha diva número 2, logo depois da Anne Hathaway, então eu corri para vê-la em ação e não me arrependi. Por acaso tem coisa mais linda do que esse pseudo-romance Adler-Holmes? Não!



Eu já não esperava uma grande participação da Rachel nesse novo filme, já que no trailer eu vi ela por dois segundos, mas o importante é que Adler estava lá! Ela e Sherlock, naquela coisa de inimigos-amantes-parceiros. Acontece que logo nos primeiros minutos do filme ela morre. E isso, meus amigos, foi algo bem chocante para mim. Não queria Adler morta. Primeiramente por ser a Rachel e, segundo, por ser o amor do Sherlock. Mundo injusto!

E, meudeusdocéu, o que foi toda aquela tensão quando Sherlock foi dado por morto? Eu acreditei piamente, já que ele pulou de um penhasco altíssimo. Já não tinha restado nenhuma esperança da vida dele quando eis que surge Holmes disfarçado de poltrona! Claro que Sherlock não poderia morrer, que bobeira a minha. E o que seria do futuro da franquia?

Filme indicado! Podem ir assistir e, se gostarem do humor ácido do Sherlock, certamente virarão fãs de Robert Downey Jr., assim como eu. Mas o meu preferido ainda é o primeiro! Ah, e a trilha sonora é um ponto forte. Adoro o tema do Sherlock!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Vinte anos de sorrisos, lágrimas e muito amor


Então você passa a vida inteira se atropelando com caminhos errados quando a pessoa certa está bem ao seu lado o tempo todo.

Um Dia conta a história de Emma Morley e Dexter Mayhew, dois jovens que se conhecem na noite de formatura e nem podem imaginar o modo como a vida deles estará entrelaçada pelos próximos vinte anos. A narrativa é construída a partir dos acontecimentos de cada aniversário do dia em que eles se conheceram e assim, a cada ano, vamos nos apegando e conhecendo mais e mais os personagens. O enredo é envolvente e divertido, mas tem vezes que bate uma aflição... O livro ganhou em 2011 uma adaptação para o cinema protagonizado por Anne Hathaway e Jim Sturgess (aqueles lindos!), mas eu ainda não assisti porque estava me segurando para ler o livro primeiro.


Dex e Em. Em e Dex. Um daqueles casais que a gente tem vontade de bater na cara deles e gritar "Acordem! Vocês foram feitos um para o outro!", mas eles não saem do campo confortável da grande amizade que eles construíram por insegurança dos dois lados. Os dois são bem diferentes um do outro. Dexter sempre foi aquele cara popular na faculdade, bonitão, charmoso, sempre parecendo uma estrela de cinema com um cigarro na boca e altas doses de álcool. Emma, no entanto, nunca foi muito notada, exceto pela sua inteligência. Ela se acha feia e gorda, mas na verdade não é nada disso. Ela é bonita, mas parece que tem vergonha e não aceita isso. Está sempre enfiada em livros e se formou com duas menções honrosas em seu diploma: inglês e história. Aquela clássica história de que os opostos se atraem. Neste caso eles não só se atraem como se completam. Nada está certo quando estão separados. Eles são melhores juntos.


Dex. Ai, Dex. Sou suspeitíssima para falar, mas já me apaixono só por ser interpretado pelo Jim Sturgess, meu queridinho desde Across The Universe. Imagine, então, ele junto com a Anne Hathaway, minha chará preferida e estupidamente talentosa. Certo, eu ainda não assisti, mas consigo imaginá-los perfeitamente, então conta, não?

Não pude deixar de me ver bastante em Emma. Toda a insegurança sobre o que fazer depois da universidade, tendo que encarar uma vida adulta e responsável pela frente, sem ter certeza do que quer fazer ou no que é boa realmente. Claro que eu ainda não me formei, ainda tenho pelo menos mais dois anos de graduação pela frente, mas mesmo assim já sinto um calafrio na espinha só de pensar no dia em que eu terei que encarar o mundo e dizer "É agora. Aja". Que desespero! Eu ainda não sei o que eu quero ser quando crescer. O que eu vou fazer com um diploma de Jornalismo em mãos e ainda com sonhos de ser bailarina-atriz-musicista-escritora? Só o futuro dirá.


Apesar de todo a identificação com Em e todo o charme de Dex (e Jim) eu digo com toda a fé que não, obrigada, eu não quero um Dexter Mayhew na minha vida. Não quero ter essa sensação de que a minha vida está sempre errada e, o pior de tudo, tendo a escolha certa ao meu lado e não conseguir vê-la. Não quero sempre andar por caminhos alternativos e evitar a via principal. Já avisei para as minhas amigas que se algum dia elas verem algo parecido com Dex e Em, Em e Dex na minha vida, existem duas opções: a) me matem logo de uma vez; b) nos peguem pelos ombros, do jeito que eu gostaria de fazer com Morley-Mayhew, sacudam e gritem "Acordem! Vocês foram feitos um para o outro!".

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

2011, você foi uma graça!

Será que já está muito tarde para fazer uma singela retrospectiva de 2011? Acho que não. Bem, eu não vou contar toda a minha vida nesse ano que passou, mas o que vai rolar agora é um top 5 dos momentos mais importantes, que mais valeram e que contribuíram para fazer de 2011 um ano bem cheio de lindeza.


1. Muvuca na Cumbuca


Mumbuca na o que?

A Muvuca foi a Semana de Comunicação da UFPA e o evento mais lindo que eu já pude vivenciar, e o melhor de tudo, organizar. Tudo foi feito por um grupo de doze estudantes que só aguentaram todos os estresses, as brigas e as reuniões de 12 horas por terem se tornado muito amigos. Foi uma experiência incrível poder trazer gente esperta e inteligente como Luli Radfahrer, Rogério Covaleski, Interney e a nonna Nair Bello para discutir a comunicação em várias dimensões aqui em Belém, num cantinho muitas vezes esquecido do país.

A Muvuca foi realizada entre os dias 11 e 14 de maio e foram quatro dias en-lou-que-ci-dos. Acordar cedo para chegar na Universidade às 7h30 da manhã, passar o dia inteiro correndo de um lado para o outro para arrumar tudo, fazer cobertura pra internet, apresentar as palestras, desarrumar tudo, organizar as coisas paro dia seguinte, fazer balanço, postar cobertura, para então ir dormir e começar tudo de novo na manhã seguinte. Mas, querem saber? Foi simplesmente lindo.

Essa foto foi tirada no momento em que tudo acabou e nós, a (des)organização, nos abraçamos e agradecemos por tudo que deu certo, por tudo o que nós construímos: o evento e a nossa amizade.

Em 2012 a Muvuca está de volta. Esperem só para ver mais um evento lindo.


2. Hamlet - Um espetáculo-depoimento


Crises, crises e mais um pouco de crises. É nisso que dá querer se meter em montar uma obra shakesperiana com uma proposta pós-moderna e um elenco tão pequeno e feminino. O elenco todo era formado por cinco garotas, sendo o próprio Hamlet interpretado por uma: eu. 

Choros, vontade de desistir, medo de não conseguir, pesquisas e leituras para construção de personagem. Foi uma ideia insana, mas que, no final, se mostrou uma experiência muito única e rica. A história do príncipe da Dinamarca e todas as suas inquietações humanas estão agora marcados para sempre na minha vida. Ser ou não ser. Essa sempre será a questão.


 3. Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte II


O fim de uma era. O fim da história que me acompanhara desde os nove anos e que foi responsável, sem dúvida nenhuma, pela pessoa que eu sou hoje (seja quem for). A dor da perda foi tão grande que eu até tirei o blog do hiato infinito em que ele estava e escrevi um post com toda a minha alma, bem aqui.

Hoje, seis meses depois do final épico, eu sei que isso não foi o final de tudo porque, se depender dos fãs e amigos de Harry (e eu me insiro neste grupo com o maior orgulho), a magia nunca vai morrer. Eu vou cuidar  pessoalmente para que isso nunca aconteça. A história do menino magrela de óculos e testa rachada ficará marcado para sempre na minha alma. 


4. Amizade virtual real 


No dia 2 de setembro uma amizade virtual que já vinha sido construída há dois anos finalmente ganhou um encontro pessoal e um abraço de verdade.

Eu conheci a Thamy em 2009, quando nós duas éramos colaboradoras do projeto Tudo de Blog da Revista Capricho. O TDB acabou em 2010, mas a amizade continuou. Conversas sobre livros, filmes, séries, esmaltes, moda, romantismo-thermopoliano e outras coisas mais. Foi muito bom finalmente poder conhecer ela pessoalmente, mesmo que o nosso nada longo encontro não tenha passado de três horas, no aeroporto de Brasília. Eu estava lá, com todas as minhsa olheiras de uma noite mal-dormida, saindo de um voo às 6h da manhã e esperando outro que iria partir às 9h. A Thamy foi lá, acordou cedo e foi passar uma manhã de turista no aeroporto junto comigo. E nós ainda trocamos presentes! Cada uma levou um livro e eu ainda ganhei dois esmaltes!

As três horas foram ótimas e estamos planejando um próximo encontro que, dessa vez, dure mais. Só não sei qual é a viagem que sai primeiro, se é a minha para Brasília ou a dela para Belém. Vamos acompanhar.


5. Intercom - Recife


Sabe todas aquelas amizades lá da Muvuca? Essas e algumas outras mais fortificadas do que nunca nesses oito dias que passei convivendo com eles em Recife. 

Foi o Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação - Intercom, sediado na Universidade Católica de Pernambuco. E lá fomos nós dividir um quarto gigante de albergue, com 11 pessoas dentro e muito amor. Porque nós somos pobres universitários e ninguém tem dinheiro pra ficar pagando hotel na beira da praia em cidade turística. Mas todo esse tempo que passamos juntos foi impagável. Não queria por nada nesse mundo voltar para Belém, para meu trabalho, para meus estudos e para essa vida mais ou menos. No entanto, não tem jeito. A gente volta. Mas a amizade fica cada vez mais forte e necessária, e não tem nada que importe mais no mundo.

Em 2012 tem mais um pouco de Intercom e dessa vez é em Fortaleza. Espero que tenha albergues limpinhos por lá.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

La liberté d'autrefois


Imagem: we♥it
Nadia era livre. Esse sempre fora o seu grande propósito, a sua grande aspiração e o seu grande orgulho. Era livre para fazer o que quisesse.


Ela morava em um apartamento apertado no 5º andar de um prédio sem elevador à la banlieue de Paris. Seus vizinhos eram bêbados e barulhentos, mas isso não era um grande problema visto que ela mesma passava parte do seu tempo em uma mistura de champanhe, rum e absinto.Pagava o aluguel com o que sobrava do dinheiro ganhado em seus trabalhos como modelo e gasto entre roupas e álcool. Cigarros, non. Deixa os dentes amarelados e envelhece a pele. Nadia não poderia se dar a esse luxo. Além do mais, ela nunca aprendera a tragar corretamente, mas ninguém sabia disso. Não que houvesse alguém para saber. Nadia largara a família há muito tempo e nunca se permitiu ter amigos íntimos. Namorados, então, nem se fala. O seu recorde eram três noites.

O grande medo de Nadia era se prender a alguém de alguma forma. Temia não poder ir para qualquer lugar a qualquer hora e tomar qualquer decisão. Não dependia de ninguém. O problema era que essa era uma via de mão dupla. Da mesma forma, ninguém jamais dependera dela. O que Nadia nunca percebera era que ela mesma havia criado o seu maior medo: uma jaula. E essa prisão ficava dentro dela própria, em um lugar extremamente difícil de encontrar a saída, afundada em orgulho e covardia. 

Une femme sans amour c'est comme une fleur sans soleil, ça dépérit.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

You‘re welcome, 2012!


Ano novo e todo mundo promete parar de roer unhas, seguir uma dieta, arrumar um namorado e estudar mais. Eu nunca fui de ficar fazendo mil resoluções (até porque eu sei que não cumpriria metade delas), eu só espero toda vez que o próximo ano seja bom, que eu ganhe muitos presentes e não estou falando apenas materialmente. 2011, por exemplo, foi um ano particularmente ótimo e o grande presente que eu ganhei foram grandes amizades. Tem coisa mais importante?

Esse ano, porém, eu vou quebrar um pouco isso. Além de, claro, desejar um ano melhor ainda que 2011 (que eu tenho certeza que será), dessa vez eu tenho algumas pequenas resoluções e o Veneno de Fada Mordente está entre elas. Eu mal sei explicar o quanto eu senti falta disso aqui, mas eu quero muito ter isso de volta. Até porque eu não quero que o mundo termine e o meu blog esteja largado às traças. 2012, vida nova, blog antigo e amado. E eu tenho certeza que perdi todos os meus leitores, mas isso não importa agora, porque eu vou mesmo começar tudo praticamente do zero. Só não faço outro blog porque eu sou muito apegada sentimentalmente à esse e ao nome dele.

É isso. Feliz 2012. Feliz Veneno de Fada Mordente. Vejo vocês em breve.